quinta-feira, 10 de junho de 2021

África, sua origem e presença judaica-cristã

 Introdução

Artigo simples, onde enfatizo a existência judaica-cristã muito antes e durante a chegada mulçumana e europeia no continente africano, e menciono a tribo de Lemba existente do principio aos dias atuais, a presença bíblica no vocabulário suaíli, as comunidades de origem e presença judaica e a existência da princesa Kahina.

A intuição deste artigo é expor e desconstruir a ideia de uma África vazia, em que muitos acreditam que a chegada da fé judaica-cristã só chegou através dos europeus ou até a ideia de que não a fé cristã em África. Aqui a intenção é demonstrar o contrário, de uma África instruída e organizada na fé judaica-cristã muito antes da chegada mulçumana e europeia.

 

As vertentes judaicas em África, muito antes da chegada mulçumana e europeia, citações:

 


  • Os Lemba é uma tribo da África meridional, com uma população de aproximadamente 70.000 pessoas, são participantes da fé judaica-cristã até aos dias de hoje. Autoproclamados e comprovados por DNA que são de origem judaica, os lembas estão estabelecidos nas regiões da África do sul, Zimbábwe, Malawi, Moçambique e entre outras áreas.
  • A presença da palavra “Mwanadamu” que significa “filho de Adão”, na língua suaíli e a disseminação entre os povos da África oriental e meridional por praticantes língua suaíli.
  • As comunidades de origem e presença judaica na África são variadas, como a cidade de Fez, Bijaia, Djerba, Marraquexe, Sijilmassa, Tafilalet, tahert, Tlemcen, Mellah e Bani Israel.
  • A princesa Kahina, no século VII, conhecida por ter-se convertido ao judaísmo e liderar as tribos judaicas do norte África por 35 anos, sendo a princesa profetisa das montanhas de Aures que liderou a resistência berbere contra a conquista Árabe no leste do Magrebe.

 

 

Fonte: Dicionário história da África, José Rivair.

África oriental, estruturas e colaborações

 Introdução:

    Neste artigo expus as ligações e suas contribuições, tanto na estrutura política, social e religiosa que a África oriental trouxe, como a existência da antiga cidade cristã em Núbia, e a luz que a Etiópia trouxe aos negros durante o colonialismo, sendo informações que foram difundidas tanto internamente quanto externamente. A contribuição e colaboração das três civilizações mais antiga da África, Núbia, Egito e Etiópia, que predominantemente foi a referência para a África ocidental.

 


África oriental suas estruturas e colaborações

    Egito, Nubia e Etiópia: três nações com intensas ligações, e uma delas foi o templo de Soleb em que os núbios formaram o papel de centralização com funções administrativas e militares. Os etíopes entraram junto aos núbios em um processo de assimilação, o que em si tornou-se uma das principais influências para a colaboração da ascensão da dinastia etíope. Sendo este, um feito de transmissão do saber, a egipcianização em que os sudaneses assimilaram e se tornaram responsáveis a ensinar e colaborar com os etíopes e suas organizações. A egipcianização é um método complexo, em que existe a necessidade de especialização em variados ofícios, como o militar, administrativo e entre outros, o método egípcio é um dos mais antigos do mundo, em que era uma grande referencia para as nações e até hoje é utilizada em nossas estruturas e organizações.



    Já o reino de Kush é um reino etíope que exerceu profundas influências através de suas culturas e técnicas, especialmente na área metalúrgica e politica, que foi testemunhada em grandes dimensões na capital de Kerma. As Candaces eram as Senhoras de Kush, soberanas que assumiram o poder politico. Externamente a civilização de Méroe foi muito conhecida no período greco-romano, pelo fato de as Candaces serem as governantas destes estados tão complexos da África oriental.

    E dentre estas três civilizações clássicas e antigas, podemos mencionar que, segundo Anta Diop, afirma-se que a Núbia foi e é o ponto da partida tanto para o egípcios quanto para os etíopes e até mesmo aos impérios ocidentais da África que floresceram a partir da Idade Média na Europa.

 


Estruturas e ofícios, desde os primórdios tempo, comuns na África:

·         Cerâmica, com alta qualidade de textura e decoração.

·         Joalheria, com alto grau de desenvolvimento.

·         Marcenaria, com vários tipos de moveis fabricados.

·         Tecelões, produzem tecidos de algodão e de linho.

·         Curtidores, trabalham com pele e couro.

·         Escultores.

·         Arquitetos.

·         Artistas e outros

 

África oriental, cristianismo suas estruturas e colaborações

    Na Núbia, atual Sudão, podemos afirmar a existência de uma antiga cidade cristã em que um de seus monumentos mais importantes é uma catedral, construída no século VII e existente até o século XIV, com aproximadamente 800 anos de existência. Já atualmente a cidade encontra-se totalmente submersa pelo Lago Nasser, mas o sitio arqueológico foi explorado entre 1961 à 1964, onde foram encontradas fontes iconográficas com temas bíblicos, imagens de governantes e governantas locais e bispos cristãos núbios, em que estão preservadas nos atuais museus de Cartum e de Varsóvia.

 

    A África cristã trouxe muitas colaborações ao mundo externo, e dentre está globalização, o Brasil aproveitou muito na ligação com a Etiópia desde o tempo colonial, em que os escravizados já guardavam a fé e o compromisso de ser cristão. Os escravizados de África já conheciam os santos etíopes aqui no Brasil, como o santo Elesbão que foi venerado entre os santos da Igreja Etíope Ortodoxa e também pela Igreja Católica Romana como o rei negro da Etiópia. Estas informações colaboraram muito com os negros que viveram aqui no Brasil, pois eram muito oprimidos, tratados como nada, e de repente em seus dias descobrem que existe um rei negro na etiópia e que é venerado entre os santos cristãos, isto é uma afirmação benéfica para a identidade do povo negro e seu culto no Brasil teve grande difusão durante o colonialismo.




Fonte: Síntese coletânea história geral da África volume 2 UNESCO. 

    Dicionário de história da África, José Rivair


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