Introdução:
Neste artigo expus as ligações e suas contribuições, tanto
na estrutura política, social e religiosa que a África oriental trouxe, como a existência
da antiga cidade cristã em Núbia, e a luz que a Etiópia trouxe aos negros
durante o colonialismo, sendo informações que foram difundidas tanto internamente
quanto externamente. A contribuição e colaboração das três civilizações mais
antiga da África, Núbia, Egito e Etiópia, que predominantemente foi a referência para a África ocidental.
África oriental suas estruturas e colaborações
Egito, Nubia e Etiópia: três nações com intensas ligações, e
uma delas foi o templo de Soleb em que os núbios formaram o papel de centralização
com funções administrativas e militares. Os etíopes entraram junto aos núbios
em um processo de assimilação, o que em si tornou-se uma das principais
influências para a colaboração da ascensão da dinastia etíope. Sendo este, um
feito de transmissão do saber, a egipcianização em que os sudaneses assimilaram
e se tornaram responsáveis a ensinar e colaborar com os etíopes e suas
organizações. A egipcianização é um método complexo, em que existe a
necessidade de especialização em variados ofícios, como o militar,
administrativo e entre outros, o método egípcio é um dos mais antigos do mundo,
em que era uma grande referencia para as nações e até hoje é utilizada em
nossas estruturas e organizações.
Já o reino de Kush é um reino etíope que exerceu profundas influências através de suas culturas e técnicas, especialmente na área metalúrgica e politica, que foi testemunhada em grandes dimensões na capital de Kerma. As Candaces eram as Senhoras de Kush, soberanas que assumiram o poder politico. Externamente a civilização de Méroe foi muito conhecida no período greco-romano, pelo fato de as Candaces serem as governantas destes estados tão complexos da África oriental.
E dentre estas três civilizações clássicas e antigas,
podemos mencionar que, segundo Anta Diop, afirma-se que a Núbia foi e é o ponto
da partida tanto para o egípcios quanto para os etíopes e até mesmo aos
impérios ocidentais da África que floresceram a partir da Idade Média na
Europa.
Estruturas e ofícios, desde os primórdios
tempo, comuns na África:
·
Cerâmica, com alta qualidade de textura e
decoração.
·
Joalheria, com alto grau de desenvolvimento.
·
Marcenaria, com vários tipos de moveis
fabricados.
·
Tecelões, produzem tecidos de algodão e de
linho.
·
Curtidores, trabalham com pele e couro.
·
Escultores.
·
Arquitetos.
·
Artistas e outros
África oriental, cristianismo suas estruturas e colaborações
Na Núbia, atual Sudão, podemos afirmar a existência de uma antiga cidade cristã em que um de seus monumentos mais importantes é uma catedral, construída no século VII e existente até o século XIV, com aproximadamente 800 anos de existência. Já atualmente a cidade encontra-se totalmente submersa pelo Lago Nasser, mas o sitio arqueológico foi explorado entre 1961 à 1964, onde foram encontradas fontes iconográficas com temas bíblicos, imagens de governantes e governantas locais e bispos cristãos núbios, em que estão preservadas nos atuais museus de Cartum e de Varsóvia.
A África cristã trouxe muitas colaborações ao mundo externo,
e dentre está globalização, o Brasil aproveitou muito na ligação com a Etiópia
desde o tempo colonial, em que os escravizados já guardavam a fé e o
compromisso de ser cristão. Os escravizados de África já conheciam os santos etíopes
aqui no Brasil, como o santo Elesbão que foi venerado entre os santos da Igreja
Etíope Ortodoxa e também pela Igreja Católica Romana como o rei negro da Etiópia.
Estas informações colaboraram muito com os negros que viveram aqui no Brasil,
pois eram muito oprimidos, tratados como nada, e de repente em seus dias
descobrem que existe um rei negro na etiópia e que é venerado entre os santos cristãos,
isto é uma afirmação benéfica para a identidade do povo negro e seu culto no
Brasil teve grande difusão durante o colonialismo.
Fonte: Síntese coletânea história geral da África volume 2 UNESCO.
Dicionário de história da África, José Rivair
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